Quando o meu corpo se separa do dele, o relógio volta a zeros. Inicia-se uma nova contagem, feita de minutos pesados, horas arrastadas e o custoso movimento de ponteiros ferrugentos. O som abafado do mecanismo arcaico faz-se sentir em todo o momento e as badaladas parecem cada vez mais espaçadas.
É a perspectiva do reencontro que transforma o artefacto num cronómetro digital, ágil e eficiente. Um visor de cristais líquidos onde mal se sente um respirar. Faço o aquecimento e coloco o meu corpo em posição, um pé à frente do outro, o tronco ligeiramente inclinado. Aguardo apenas um tiro de pistola que diga: Partida, “lagarta”...!
COUNTING THE DAYS
Bic Runga
Counting the days on the calendar
Strange how they bleed into each other
All that I need
Is a day with you
Pencil me in on your Saturday
Taking my leave
Should I be waylaid please wait for me
(...)